7 de outubro de 2009

Intervenção Inicial no Debate da Rádio Portalegre

Marvão, 6 de Outubro de 2009

Caros candidatos à Presidência da Câmara Municipal de Marvão, senhores jornalistas, caros conterrâneos na assistência e excelentíssimos ouvintes da Rádio Portalegre,

Gostaria de saudar-vos a todos e agradecer a vossa presença esta noite. O Movimento por Marvão tem como um dos seus objectivos primordiais precisamente o fomento do diálogo, da discussão e do debate, sempre de forma positiva e construtiva, no sentido de informar os Munícipes e motivá-los a uma maior participação na vida política do Concelho. Agradecemos assim à Rádio Portalegre por fazer serviço público e nos dar a oportunidade de debater com os restantes candidatos à Câmara Municipal de Marvão os problemas e potencialidades do nosso Concelho. Tínhamos já, por iniciativa própria, desafiado todas as candidaturas para debates a dois, desafio esse que lamentavelmente não chegou sequer a ter resposta por parte de algumas candidaturas. Também a propósito da organização da próxima edição da Feira da Castanha, todos os cabeças de lista à Câmara fomos convidados pela Autarquia a participar numa reunião em que, infelizmente, apenas o Movimento por Marvão esteve presente além do Vereador responsável.

Esta, é pois uma excelente iniciativa que louvamos por vir de encontro a uma das razões para a existência do Movimento por Marvão – MporM. Salvo nestas épocas de campanha eleitoral, raramente existe nos governantes a preocupação de escutar as pessoas, de conversar com elas, ouvir as suas opiniões e até explicar o porquê de decisões por vezes aparentemente contrárias à sua vontade. O MporM pretende, antes de mais, ser um espaço de debate e discussão, aberto a todos, e com o intuito de fazer propostas que venham no sentido da melhoria da qualidade de vida de todos os Marvanenses. Queremos fomentar a atitude crítica das nossas populações, a sua participação genuína e sem complexos por tomar parte, sem que essa atitude participativa mereça castigos ou marginalizações de parte de quem exerce o poder.
Este princípio orientador está presente e é o fio condutor de todas as nossas propostas. Quando há mais de quatro anos iniciámos a nossa caminhada, a falta de diálogo e de participação dos Munícipes foi determinante. Por conseguinte, e entre muitas outras medidas,
- defendemos a implementação dos “orçamentos participativos”, para que cada pessoa, cada rua, cada bairro, cada lugar ou freguesia possa livremente defender aquilo que em sua opinião é melhor para o Concelho – sim, porque o nosso território é demasiado pequeno e é como um todo que ele deve ser gerido e organizado;

- defendemos a criação de um “gabinete de apoio municipal” que ajude instituições e munícipes a desenvolver as suas actividades com acompanhamento técnico qualificado;

- defendemos uma relação privilegiada com as associações do Concelho, pois elas são parceiras naturais da Autarquia, desenvolvendo trabalho e actividades úteis e que a Câmara não conseguiria, por si só, levar a cabo, contribuindo para a melhoria da nossa qualidade de vida;

- defendemos a criação da “Casa de Marvão” e uma campanha de reutilização dos campos agrícolas, para que os pequenos produtores locais tenham uma oportunidade de escoar a sua produção e gerar riqueza;

- defendemos o “Encontro de Gerações” para que jovens e idosos construam em conjunto, sentindo-se incluídos e partes importantes da sociedade;

- defendemos um rede de mobilidade que não exclua nem marginalize ninguém, beneficiando sobretudo os mais idosos e os que não têm possibilidades de deslocação aos serviços mais básicos como os de saúde ou mesmo ao comércio;

É por estas e outras propostas que terei oportunidade de comentar, é pela nossa capacidade de trabalho e de organização e por uma política honesta, construtiva e optimista que o Movimento por Marvão faz falta nestas Eleições Autárquicas.


Fernando Gomes
Movimento por Marvão

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