7 de outubro de 2009

Informação _ 8.º Dia de Campanha (06-10-2009)






Neste dia em que todos os candidatos à Presidência da Câmara Municipal se juntaram finalmente para falar das suas propostas – o que Movimento por Marvão procurou que acontecesse por mais vezes – a nossa campanha foi dedicada a Marvão, a nossa sede de Concelho.

Pela sua riqueza histórica, patrimonial, natural e paisagística, Marvão merece um cuidado especial para que se conserve e não perca a sua beleza singular. Durante séculos sobreviveu a quase tudo no topo de uma escarpa rochosa que serviu sempre de protecção natural. No século XVI atingiu o seu apogeu demográfico e, desde então, tem perdido população de uma forma drástica. Paradoxalmente, esse foi o principal factor que permitiu que Marvão chegasse aos nossos dias em tão bom estado de conservação.

Contudo, a perda de habitantes da vila atingiu agora uma dimensão assustadora e nunca antes registada. São menos de 180 pessoas as que vivem dentro das muralhas. Esse é o problema que os Marvanenses com quem falámos hoje mais destacaram. É de facto essencial que se reverta essa situação e se recupere população na localidade que, ao fim de contas, é a nossa sede de Concelho. Uma sede de Concelho que teve sob administração, no século XIII, uma área que não está longe da do actual distrito de Portalegre, não pode continuar a enfraquecer desta forma, pois isso pode dar azo a que a Administração Central retire daqui os seus serviços e deixe o Concelho definitivamente numa situação vulnerável face aos Municípios vizinhos.

É imperativo e urgente desenvolver uma verdadeira política de habitação para o Concelho e, particularmente, para a nossa sede. É necessário reabitar a vila, reabilitar muitas das suas casas abandonadas e permitir, sobretudo aos jovens, fixarem-se em Marvão a preços controlados e acessíveis, ao contrário do que se tem verificado. Um aumento do número de habitantes serviria de motor para o desenvolvimento de serviços que viriam melhorar substancialmente a qualidade de vida e a oferta para os que nos visitam e para os que aqui vivem. É lamentável que não exista sequer na vila uma mercearia aberta, um café aberto até mais tarde… como podemos então querer que os visitantes fiquem em Marvão mais do que 1 noite em média? Como podemos querer que venha gente viver para Marvão e desenvolver aqui uma actividade? Como podemos, assim, querer que os visitantes nos deixem mais dinheiro? Para que isso aconteça é necessário que haja sustentabilidade e isso só pode acontecer com habitantes.

A Autarquia tem aqui um papel fundamental ao qual cremos que se tem esquivado. Uma política equilibrada de habitação, em conjugação com uma forte e rica oferta cultural, de serviços e turística – em que Marvão continua a dar cartas – pode fazer com que a nossa sede ganhe mais vida e sirva como mais um motor de desenvolvimento para todo o Concelho e num modelo não apenas dependente do turismo.

Essa é a esperança dos Marvanenses e o MporM partilha-a também. Tudo faremos para propor medidas que venham nesse sentido, fortaleçam a vila e, por conseguinte, a posição de todo o Concelho.

Continuando na vila de Marvão, às 17 horas reunimos com alguns membros da Mesa da Santa Casa da Misericórdia. Vivem hoje no lar da Santa Casa mais de 90 idosos, sendo a instituição de apoio social que maior número acolhe no Concelho. Ouvimos o Sr. Provedor falar sobre o percurso da instituição, as actividades desenvolvidas e os desafios que se colocam de adaptação a cada vez mais numerosas e rigorosas regras de funcionamento – o que tem suposto um esforço enorme a que a Santa Casa tem conseguido responder. Falámos também sobre as nossas propostas, com especial ênfase para as questões relacionadas com o apoio social, o associativismo e o papel que a Autarquia pode ter como parceiro de instituições desta natureza no Concelho. Após a reunião visitámos as instalações do lar, bem como as obras em curso, que permitirão o funcionamento de mais 7 quartos com casa de banho privativa.

Reservámos depois tempo para preparar o debate promovido pela Rádio Portalegre e que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho às 21.10, com emissão em directo.
O público acorreu em grande número ao debate e assistiu atento às propostas dos 6 candidatos à Câmara Municipal. Foi uma louvável iniciativa que veio de encontro aos anseios do MporM, embora se tenha tratado sobretudo de responder a perguntas mais que entrar em discussão, propriamente dita. Dividido em duas partes, foram colocadas 5 questões, iguais para cada candidato. No início e no final, cada candidato teve 3 minutos para falar livremente sobre o seu projecto. Os temas sobre os quais foram colocadas as questões foram o investimento da C.M.M. na Fundação Ammaia, a grande dependência do Município do orçamento do Estado, a candidatura de Marvão a Património da Humanidade, a situação do campo de golfe e do aldeamento turístico e o grande despovoamento do Concelho. No final ficou claro que o nosso cabeça de lista, Fernando Gomes, está devidamente preparado sobre todos os temas para representar na Câmara todos os Marvanenses e até mesmo para liderar o executivo. As opiniões que ouvimos depois confirmam isso mesmo e esse reconhecimento deixa-nos muito satisfeitos.

Para que isso aconteça é preciso que os Marvanenses votem em novas pessoas e novas ideias, é preciso que votem no Movimento por Marvão!

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