“Da Beirã ao Entroncamento” foi um texto importante na actividade do MporM. O simples facto de dois elementos do Movimento fazerem uma viagem de comboio, com o único propósito de analisarem as condições que os caminhos-de-ferro apresentam no nosso Concelho, foi uma inovação importante na pré-campanha eleitoral. Oxalá outras candidaturas tivessem verificado in loco as condições sociais, de mobilidade e de saúde que o MporM achou indispensáveis conhecer em profundidade, para ser uma alternativa credível para a condução dos destinos do Concelho.
19 de Setembro marca o início daquilo que podemos designar por Democracia Participativa no Concelho de Marvão. O I seminário “Pensar Marvão” constituiu um espaço de debate, diálogo, discussão que o Concelho precisava, e continua a precisar, por esse facto organizou-se recentemente uma segunda edição. Foram os munícipes que ganharam com este novo espaço de participação, na discussão das perspectivas de desenvolvimento do Concelho de Marvão. Os mesmos munícipes, que perderam pela recusa das demais candidaturas aos órgãos autárquicos de Marvão um debate frente-a-frente com o cabeça de lista à Câmara Municipal do MporM – Fernando Gomes; todos nós sabemos que não é usual este tipo de coisas num concelho como Marvão, mas uma iniciativa destas seria extremamente benéfica na clarificação dos diversos pontos de vista das candidaturas envolvidas nestas eleições.
Na concretização oficial da candidatura escreveu-se: “Hoje, dia 17 de Agosto de 2009, tem início um novo tempo, a candidatura independente do Movimento por Marvão – MporM é uma realidade”. E esse novo tempo não se esgotou nas eleições. Esse novo tempo é cada dia que passa mais urgente no nosso concelho, o que faz com que o MporM continue presente, e cada vez com mais determinação na luta pelo desenvolvimento do Concelho. O dia 17 de Agosto de 2009, marcou o final do processo de recolha de assinaturas que o MporM conseguiu legitimamente ultrapassar, começando também uma batalha de David contra Golias no sentido do MporM ter direito, pela jurisprudência à altura e pelo esgotamento do prazo que o tribunal tinha para se pronunciar, da inclusão do seu símbolo nos boletins de voto. Perdemos essa batalha, mas ganhamos a que envolveu a sigla, passando a estar inscrito, de forma justa, MporM nos boletins de voto.
Candidatos do MporM no porta-a-porta
A campanha eleitoral foi um verdadeiro percurso porta-a-porta, no qual os candidatos do MporM moveram todos os esforços para a clarificação do seu programa junto dos Marvanenses e das suas instituições. Pena é que tivessem surgido alguns mal-entendidos durante a campanha, que em nada favoreceram o Movimento por Marvão. Na campanha, podemos destacar três aspectos: em primeiro lugar, a qualidade dos materiais de campanha utilizados pelo MporM, com uma aposta forte no design, e na mensagem de inclusão e inovação, materiais de campanha que foram possíveis, mesmo, sendo a candidatura do Movimento a que tinha o segundo orçamento mais baixo a nível nacional entre as candidaturas independentes, o lema foi “fazer muito e bem com poucos recursos”; o segundo aspecto que temos de destacar foi a qualidade de discurso apresentada pelo nosso cabeça de lista – Fernando Gomes aquando do debate da Rádio Portalegre com os restantes cabeças de lista no dia 6 de Outubro, com um discurso inovador, passando a mensagem de inclusão e participação dos munícipes; em terceiro, podemos destacar a qualidade e inovação que o “Diário de Campanha” do MporM constituiu na campanha eleitoral, que contava escrupulosamente todos os dias com o resumo detalhado da campanha levada a cabo pelo MporM, neste aspecto fez-se história em Marvão.
Sobre os resultados, de dia 11 de Outubro, fica a sensação de dever cumprido. Temos que ser, sobretudo, realistas e positivos em relação ao futuro. A votação que tivemos, foi, com certeza, a que merecíamos ter, e todas as conclusões foram tiradas pelos candidatos aos órgãos autárquicos pelo MporM, no dia 24 de Outubro de 2009, na reunião de análise dos resultados eleitorais, em que se pode ler: “embora não tenha conseguido eleger nenhum representante para os órgãos autárquicos, o MporM teve um bom resultado tendo em conta a sua implantação recente”.
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